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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Partilha da Palavra

PARTILHA DA PALAVRA
ANO LITÚRGICO C - 1º Domingo do Advento

1ª Leitura - Jr 33,14-16
14 'Eis que virão dias, diz o Senhor,
em que farei cumprir a promessa de bens futuros
para a casa de Israel e para a casa de Judá.
15 Naqueles dias, naquele tempo,
farei brotar de Davi a semente da justiça,
que fará valer a lei e a justiça na terra.
16 Naqueles dias, Judá será salvo
e Jerusalém terá uma população confiante;
este é o nome que servirá para designá-la:
'O Senhor é a nossa Justiça'.'
Palavra do Senhor.

2ª Leitura - 1Ts 3,12-4,2
Irmãos:
3,12 O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com
todos aumente e transborde sempre mais,
a exemplo do amor que temos por vós.
13 Que assim ele confirme os vossos corações
numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, nosso
Pai, no dia da vinda de nosso Senhor Jesus,
com todos os seus santos.
4,1 Enfim, meus irmãos, eis o que vos pedimos
e exortamos no Senhor Jesus:
Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a
Deus, e já estais vivendo assim.
Fazei progressos ainda maiores!
2 Conheceis, de fato, as instruções
que temos dado em nome do Senhor Jesus.
Palavra do Senhor.

Evangelho - Lc 21, 25-28.34-36
Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos:
25 Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas.
Na terra, as nações ficarão angustiadas,
com pavor do barulho do mar e das ondas.
26 Os homens vão desmaiar de medo,
só em pensar no que vai acontecer ao mundo,
porque as forças do céu serão abaladas.
27 Então eles verão o Filho do Homem,
vindo numa nuvem com grande poder e glória.
28 Quando estas coisas começarem a acontecer,
levantai-vos e erguei a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima.
34 Tomai cuidado para que vossos corações
não fiquem insensíveis por causa da gula,
da embriaguez e das preocupações da vida,
e esse dia não caia de repente sobre vós;
35 pois esse dia cairá como uma armadilha
sobre todos os habitantes de toda a terra.
36 Portanto, ficai atentos e orai a todo momento,
a fim de terdes força
para escapar de tudo o que deve acontecer
e para ficardes em pé diante do Filho do Homem.
Palavra da Salvação.
 


Comentário
João Luiz Correia Júnior

Neste domingo, inicia-se o primeiro momento do novo Ano Litúrgico: o Advento.
“Advento” é uma palavra que vem do latim, adventus, e significa “chegada”. Corresponde às quatro semanas que antecedem a chegada do Natal.
É um tempo precioso, tempo oportuno para as pessoas se preparam para celebrar o nascimento de Jesus.
Para a Religião Cristã, Jesus é o Cristo, esperado desde o Antigo Testamento.
O profeta Jeremias (que exerceu a sua atividade missionária provavelmente entre os anos 626 a 586 a.C.), já expressava a expectativa de que Deus cumprisse a sua promessa e enviasse o seu “ungido, consagrado para a missão de restaurar o povo de Deus.
Crescia, desde então, a expectativa messiânica.
O “Messias”, palavra hebraica que significa “consagrado para uma missão”,  foi traduzido para o grego, “Cristo” (em grego Χριστός, Christós, o “Ungido " ou "O Consagrado").
Os discípulos e discípulas de Jesus, ao lerem as Sagradas Escrituras (o Antigo Testamento), reconheceram em Jesus o Cristo, o Messias.
Os textos bíblicos da Liturgia do Tempo do Advento são muito profundos e belos, do ponto de vista literário.
Da primeira e da terceira leitura, podemos recolher a seguinte mensagem em forma de poema:
Naqueles dias farei brotar a semente
Da qual nascerá a lei e a justiça na terra...
Naqueles dias brotará a salvação e a confiança
para todo o povo que cultiva a fé...
Naqueles dias as forças do céu e da terra serão abaladas:
Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas
Haverá sinais no mar, com barulho e ondas amedrontadoras
Naqueles dias as nações ficarão angustiadas,
E homens fortes e prepotentes desmaiarão de medo.
Naqueles dias, quando estas coisas acontecerem,
Levantai-vos,
Erguei a cabeça,
Porque a vossa liberdade está próxima.
A chegada do Messias, o Cristo, é causa de toda essa expectativa de que os tempos de sofrimento e opressão acabem, e que se possa viver – finalmente – em liberdade.
Mas dois conselhos são apresentados no Evangelho de Lucas para que as pessoas de fé cristã  aproveitem, da melhor forma, esse tempo de graça que é o Advento:
1º) Tomar cuidado e ficar atento contra o consumismo exagerado (comida e bebida) e contra as preocupações desnecessárias. Quanta besteira nesse período que antecede o Natal, por conta das inúmeras ofertas da sociedade de consumo, que só fazem tirar a atenção para aquilo que é essencial...
2º) Orar, rezar constantemente, a cada dia, para receber – com alegria interior – a presença do Messias, o Cristo Jesus Salvador...
Excelente Advento para todos nós.
Assim seja!

quarta-feira, 9 de março de 2011

O que fazer durante a Quaresma?

Desde os tempos antigos, a Quaresma foi considerada como um período de renovação da própria vida. As práticas a serem cumpridas eram sobretudo três: a oração, a luta contra o mal, o jejum. A oração para pedir a Deus forças para converter-se e acreditar no evangelho.
A luta contra o mal para dominar as paixões e o egoísmo. Por fim, o jejum. Para seguir o Mestre o cristão deve ter a força de esquecer de si mesmo, de não pensar no próprio conforto, mas no bem do seu irmão. Assumir uma permanente atitude generosa e desinteressada é de fato difícil. Este é o jejum.

Mas pode o sofrimento ser uma coisa boa? Como pode agradar a Deus a nossa dor? Não! Deus não quer que o homem sofra. Todavia, para ajudar o necessitado, é preciso muitas vezes renunciar àquilo que agrada e isto custa sacrifício. Não é o jejum em si que é bom (às vezes é feito por motivos que não têm nada a ver com religião: há quem se alimente com parcimônia simplesmente para manter-se em boa forma física, para tornar-se elegante, para estar com boa saúde). O que agrada a Deus é que, com o alimento que se consegue economizar com o jejum, se alivia, pelo menos por um dia, a fome de um irmão.

Um livro muito antigo, muito lido pelos primeiros cristãos, o Pastor de Hermas, explica deste modo a ligação entre o jejum e a caridade: “Eis como deverás praticar o jejum: durante o dia de jejum, tu comerás somente pão e água; depois calcularás quanto terias gasto para o teu alimento naquele dia e tu oferecerás este dinheiro a uma viúva, a um órfão ou a um pobre; assim tu te privarás de alguma coisa para que o teu sacrifício seja útil para alguém, para poder alimentar-se. Ele rezará ao Senhor por ti. Se tu jejuares desse modo, o teu sacrifício será agradável a Deus”.
Um famoso papa dos primeiros tempos da Igreja, chamado Leão Magno, dizia numa homilia: “Nós vos prescrevemos o jejum, lembrando-vos não só a abstinência, mas também as obras de misericórdia. Deste modo, o que tiverdes economizado nos gastos normais, se transforme em alimento para os pobres”.

Fonte: site Buscando Novas Águas

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Exaltação da Santa Cruz


Comentário do Evangelho de hoje, Jo 3,13-17

Quem nele crer tem a vida eterna


O Filho do homem desceu do céu e será levantado. É o Verbo que se fez carne e vimos a sua glória. Temos aqui a dinâmica característica do Evangelho de João. Jesus desceu do céu para elevar o humano. João prima pela revelação da exaltação da condição humana a partir da encarnação do Filho de Deus, Jesus. A elevação do Filho do homem é a elevação do humano. No Livro dos Números, Moisés fez uma serpente de bronze e a levantou, para que
todos a vissem. Quem recebesse a mordida mortal de uma serpente contemplava a serpente de bronze e não morria. Este antigo modelo da Lei de Moisés é substituído pela graça e verdade de Jesus (Jo 1,17). Quem nele crer tem a vida eterna. Na encarnação Deus deu seu Filho ao mundo. Jesus é dom de Deus, não para condenar, mas para comunicar
a vida ao mundo. A glorificação de Jesus é fidelidade total à sua missão, sem recuar diante da morte programada pelos poderosos deste mundo. Jesus elevado na cruz é a consumação de uma vida de amor. A vida de Jesus é a glória de Deus no seu projeto de elevação da humanidade à participação de sua vida divina e eterna. Jesus cumpriu sua missão de misericórdia e amor, à qual todos somos chamados.


Autor: José Raimundo Oliva
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx

domingo, 30 de maio de 2010

sábado, 27 de fevereiro de 2010

domingo, 10 de janeiro de 2010

O Batismo de Jesus


Rio de Janeiro, 07 jan (RV) - Com a festa do Batismo de Jesus concluímos o tempo do Natal. A reflexão sobre o Mistério da Encarnação continua. É uma ótima oportunidade para examinarmos a nossa própria vida batismal hoje, e a ação eclesial para o trabalho de iniciação cristã pedida pela Igreja para educar e evangelizar os novos cristãos.

O batismo de Jesus por João no rio Jordão é um evento que nos mostra com intensidade como o Salvador quis solidarizar-se com o gênero humano imerso no pecado. João chamava à penitência e administrava um batismo de conversão. No entanto, Jesus, o Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado do mundo submete-se ao batismo de João. É um momento de Epifania, quando a Trindade se manifesta e aparece claramente a missão do Filho que deve ser escutado.

Podemos contemplar, pois, no episódio do batismo do Senhor, aquela condescendência divina que faz com que Deus assuma tudo o que é próprio da nossa frágil condição humana. Jesus não teve pecado, mas, num gesto de solidariedade para com toda a humanidade, assumiu o que decorre do nosso pecado, desde o batismo dos pecadores até a morte ignominiosa da cruz.

A condescendência divina, manifestada de forma tão pungente na vida, atitudes e palavras de Jesus, nos estimula a amar com todas as nossas forças a Deus que tanto nos ama, e nos tornar mais compassivos e condescendentes para com todos aqueles que, de uma ou de outra maneira, sofrem e precisam de nossa solidariedade. A contemplação da caridade divina deve encher nosso coração de caridade. São Paulo ensinou-nos, entre outras coisas, que a caridade é prestativa, não é orgulhosa, alegra se com o bem, tudo crê, tudo espera, tudo desculpa.

Estes dias de tantas catástrofes em nossa região sudeste demonstram como é importante o compartilhar as dores e sofrimentos das pessoas.

O batismo que recebemos foi o batismo instituído por Jesus, o batismo da Nova Aliança. O batismo de João era apenas um sinal de conversão. O batismo que Jesus confiou à sua Igreja é um sinal eficaz, pois não só significa, mas realiza a libertação e a renovação de nosso ser, tornando-nos filhos de Deus à semelhança do único Filho. Os Padres da Igreja chegaram a dizer que Jesus desceu às águas justamente para santificá-las e transmitir-lhes aquele poder de purificação e renovação, que é exercido toda vez que a Igreja batiza em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Ao celebrarmos a festa do batismo do Senhor Jesus, temos diante de nós uma ocasião propícia para renovar nossas promessas batismais. Viver intensamente os compromissos de nosso batismo é o grande convite que Deus faz a cada um de nós. A graça divina jamais falta àquele que, com sinceridade de coração, procura viver segundo o “homem novo”, nascido da água e do Espírito. Os inúmeros santos e santas canonizados pela Igreja são um eloquente testemunho de que a força do batismo pode fazer maravilhas na pessoa e na sociedade que ajudaram a transformar segundo o desígnio de Deus.

Que a graça do batismo nos torne, na Igreja e através da Igreja, o Corpo místico do Senhor, verdadeiros discípulos-missionários de Jesus! O batismo liga-nos também à Igreja, à qual Cristo uniu-se de maneira irrevogável. Não podemos querer Cristo sem sua Igreja. O “Cristo total” é a Cabeça e o Corpo. Contemplando, assim, o mistério de Cristo que resplandece na face da Igreja e vivendo a graça do nosso batismo, anunciemos com humildade e caridade a fé que nos salva e enche de alegria a nossa vida!

+ Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Rádio Vaticano

sábado, 24 de outubro de 2009

Liturgia do 30º Domingo Comum-25/10/09


"Mestre, que eu veja"

Nos momentos de trevas em nossa vida,
a Palavra de Deus é sempre uma Luz,
que ilumina a nossa caminhada na fé.

Na 1ª Leitura, Jeremias anuncia um sinal de luz
para o povo sofrido, que vivia nas trevas do exílio:
"Coxos e cegos, mulheres grávidas e que deram à luz" retornam à pátria,
guiados por Deus, que cuida deles com cuidados de pai. (Jr 31,7-9)
- É um apelo à esperança e confiança em Deus.

A 2ª Leitura destaca que Jesus é o Sumo Sacerdote,
mediador entre Deus e a Humanidade. (Hb 5,1-6)

No Evangelho, Jesus dá a um cego a luz da visão e da fé. (Mc 10,46-52)

O núcleo central do evangelho de Marcos, que refletimos nesse ano,
é uma caminhada de Jesus para Jerusalém, onde será morto e ressuscitará.
No texto de hoje, temos o último Milagre e última Catequese de Jesus, encerrando sua caminhada para Jerusalém.

Os APÓSTOLOS estavam "cegos" e necessitavam de "Luz"
para ver e entender o caminho da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

- Perto de Jericó, um cego, sentado "à beira da estrada", não desistia de gritar:
"Filho de Davi, tem piedade de mim". ("Filho de Davi": título messiânico)
- CRISTO parou e chamou-o.
- O cego jogou longe o manto e as moedas, e "saltou" ao encontro de Jesus.
- Cristo tomou a iniciativa: "O que você está querendo?"
- "Mestre, que eu veja", respondeu o cego.
- E Jesus afirmou: "Vai, a tua fé te salvou".
- E o cego, duplamente "iluminado" por Cristo,
torna-se um seguidor de Jesus no caminho a Jerusalém.

Esse episódio, mais do que uma crônica,
é uma CATEQUESE BATISMAL:
- Jesus se manifesta, passa pelo caminho do cego...
- O cego não vê, mas percebe a presença do Senhor e acolhe o convite...
- Trava-se o diálogo...
- O cego recebe a visão da fé e se engaja no seguimento de Cristo pela estrada.

+ Quem era o cego Bartimeu?
Um cego, à beira do caminho, marginalizado como tantos ainda hoje...
O encontro aconteceu "ao longo do CAMINHO". ("Caminho": cristianismo)
O cego não estava no caminho, estava à margem da religião e da vida.
No final, também Bartimeu seguiu Jesus "no caminho".

* A Cura de Bartimeu é mais do que a história de um cego...
É o caminho da FÉ, dos que querem VER e SEGUIR Jesus.
+ O que faz o cego?

- Está atento à passagem de Cristo...
- Toma consciência de sua situação e decide sair dela.
- Supera o medo, a vergonha, começa a gritar, pede ajuda:
- Não desanima diante das contrariedades, continua procurando a Luz…
mesmo quando o povo manda que se cale…
- E quando Jesus o chama: dá um pulo, joga o manto para longe e
corre ao encontro daquele que podia restituir a vista.
- Saiu da margem do caminho e se pôs no caminho com o Mestre.

* Joga fora o Manto, em que recolhia as esmolas...
Para o pobre mendigo, o manto era a sua riqueza, a sua casa, o seu abrigo.
- Quais são os obstáculos que impedem tanta gente, que quer enxergar,
de se aproximar mais de Cristo e de sua Igreja?
Talvez as nossas discórdias internas, a falta de unidade dos cristãos,
talvez uma falta de acolhimento, também uma linguagem complicada,
talvez um chamado mais carinhoso?

* Dá um "Salto" ao encontro de Jesus:
É um gesto significativo "pular" para um cego que "não vê"...
Mas Bartimeu entendeu que Cristo podia curá-lo.
Por isso, jogou o manto, deu um "Pulo" e se aproximou de Jesus.

+ Que tipos de pessoas o cego encontra?
- Uns atrapalham: tentam abafar o seu grito... mandam que se cale...
- Outros ajudam, animam: "Coragem, ele TE CHAMA..."
- Jesus ESCUTA o grito sofrido e confiante do cego, PÁRA e LIBERTA:
Da margem, Jesus o coloca no centro do caminho.
Dá a luz da VISÃO e a luz da FÉ.

+ E Nós o que podemos fazer?

1) Descobrir as nossas cegueiras:
Cegos são todos os que "não vêem" no seu coração as coisas importantes,
não reconhecem a presença e o amor de Deus e vivem na escuridão.
- Quais são as nossas cegueiras, que devemos apresentar a Cristo,
para que ele nos cure e nos dê a verdadeira Luz?

2) Perseverar na Oração como Bartimeu.
- Somos pacientes e perseverantes na oração?

3) Seguir Jesus no Caminho:
Na Igreja primitiva, "o Caminho" significava o cristianismo.
Os "seguidores do Caminho" eram os cristãos.
O cego curado seguiu Jesus pelo caminho, tornou-se um "Discípulo".
Para ser "Discípulo" precisa querer VER e decidir CAMINHAR.
Não basta a euforia do primeiro encontro.

Façamos nossa, a oração do cego: "Mestre, que eu veja!…"
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 25.10.2009
site: www.buscandonovasaguas.com

sábado, 17 de outubro de 2009

Liturgia do 29º Domingo Comum-18/10/09

Missão a serviço

No mês de outubro, a Igreja intensifica as atividades
para despertar a consciência e a vida Missionária.
Hoje, promove também a coleta mundial para as Missões,
para atividades de promoção humana e evangelização, sobretudo onde as necessidades materiais são mais urgentes.

As Leituras bíblicas e a Mensagem do Papa motivam essa realidade:

A 1a Leitura apresenta o "Servo de Javé". (Is 53,10-11)

Isaías apresenta o Messias como uma pessoa insignificante e desprezada
pelos homens, através do qual se revela a vida e a salvação de Deus.
O Messias não será um rei de grande poder, mas um humilde "servo sofredor".
Cristo, o grande Missionário do Pai,
"não veio para ser servido, mas PARA SERVIR".

Na 2ª Leitura, Paulo afirma que Cristo foi para nós um grande Sacerdote,
mediador entre Deus e os homens, que resgatou com sua morte na cruz e continua intercedendo por nós junto ao Pai. (He 4,14-16)

No Evangelho, Jesus educa para a Missão os seus apóstolos,
ainda impregnados pelos falsos conceitos de grandeza da época. (Mc 10,35-45)

- Jesus continua sua caminhada para Jerusalém e,
na sua catequese, faz o 3º Anúncio da Paixão.
- Dois discípulos íntimos de Jesus lhe fazem uma pergunta estranha:
"Mestre, faça que nos sentemos um à tua direita e
outro à tua esquerda, na tua glória".
- Os demais Apóstolos reagem indignados,
pois todos eles tinham as mesmas pretensões.
- A resposta de Jesus foi taxativa: "Não sabeis o que pedis…"

* A procura dos primeiros lugares pelos dois irmãos,
e a indignação dos outros dez apóstolos
revelam muito bem a mentalidade dos discípulos,
que alimentavam sonhos pessoais de grandeza, de ambição e de poder.

Jesus convida os discípulos a não se deixarem levar por sonhos
de ambição, de grandeza, de poder e domínio,
mas a fazerem de sua vida um dom de amor e de "serviço".
- E Jesus apresenta seu exemplo:
"O Filho do homem não veio para ser servido,
mas para SERVIR e dar a sua vida em resgate de muitos.


Mensagem do Papa: "As nações caminharão à sua luz" (síntese)
O Papa exorta a reavivar a consciência do mandato missionário de Cristo
de que todos os povos se tornem seus discípulos,
seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Povos.
A Missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho
todos os povos em seu caminho para Deus na história,
a fim de que n’Ele encontrem a sua plena realização.
Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos
com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja,
para que todos se reúnam na única família humana,
sob a amável paternidade de Deus.

1. Todos os povos são chamados à salvação
A humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua fonte,
que é Deus, no qual somente ela encontrará a sua plenitude final,
com a restauração de todas as coisas em Cristo.
Missão da Igreja é “contagiar” de esperança todos os povos.
Por isto Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos a anunciar
o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus..

2. Igreja peregrina
A Igreja é responsável por anunciar o Evangelho a todos os povos.
Ela deve continuar a obra de Cristo no mundo, na construção do Reino de Deus, que, mesmo não sendo deste mundo, é também, neste mundo e em sua história, força de justiça, paz, liberdade e respeito pela dignidade de todo ser humano.

3. Missão "ad gentes"
A Missão da Igreja é chamar todos os povos à salvação realizada por Deus
por meio de seu Filho encarnado. Devemos anunciar o Evangelho,
que é fermento de liberdade e progresso, fraternidade, união e paz.
Toda a Igreja deve se empenhar na Missão "ad gentes",
até que a soberania salvífica de Cristo não esteja plenamente realizada.

4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio
A participação na Missão de Cristo destaca também a vida dos anunciadores
do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre:
"Se me perseguiram, perseguirão a vós também".
A Igreja coloca-se no mesmo caminho e passa por tudo
o que Cristo passou seguindo o caminho da Cruz e
se fazendo testemunha e companheira de viagem desta humanidade.

5. Conclusão:
O impulso missionário sempre foi sinal da vitalidade de nossas Igrejas.
A evangelização é obra do Espírito e, antes mesmo de ser ação,
é testemunho e irradiação da luz de Cristo por meio da Igreja local,
que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras.
Rogo a todos os católicos que peçam ao Espírito Santo
que aumente na Igreja a paixão pela Missão de difundir o Reino de Deus e sustentar os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs
empenhadas nesta Missão, às vezes em ambientes hostis, de perseguição.

Pe, Antônio Geraldo Dalla Costa -18.10.2009
do site www.buscandonovasaguas.com

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Curso de Liturgia

CURSO DE LITURGIA
PAROQUIA DE CASA FORTE

LITURGIA NA VIDA: UMA INCURSÃO NA PRÁTICA CELEBRATIVA

ORIENTADOR:CREÔMENES TENÓRIO MACIEL

CARGA HORÁRIA:20 HORAS - 10 ENCONTROS

HORÁRIO:20 às 22:00 h ÀS QUINTAS-FEIRAS

INÍCIO:24 DE SETEMBRO DE 2009

LOCAL:SALÃO PAROQUIAL

TAXA DE INSCRIÇÃO: R$ 20,00

Programação:
Celebração Eucarística - ritos iniciais, liturgia da palavra
Liturgia Eucarística - ritos finais
Principais mudanças promovidas pelo Concilio Vaticano II a liturgia
Introdução a Celebração Eucarística - raízes históricas, evolução, modelo atual
Ministério Litúrgico - noções gerais
Ano Litúrgico - noções gerais
Espaço Litúrgico - noções gerais

Informações:
Sarita Melo - 86954109/96447066
Guga - 86260339

sábado, 19 de setembro de 2009

Liturgia do 25º Domingo Comum-20/09/09



O Maior

As pessoas com freqüência querem ser grandes.
E, movidas pela "sabedoria do mundo",
lutam com todas as forças para conseguir
prestígio, poder, os primeiros lugares...
E aí está a origem de muitos conflitos...
No entanto, a "Sabedoria de Deus" afirma que são grandes,
os que se tornam pequenos, servidores, CRIANÇAS...

A 1a Leitura aponta conflitos na comunidade de Alexandria. (Sb 2,12.17-20)

No século 1º aC, os judeus praticantes de Alexandrina são
hostilizados pelos pagãos e desprezados pelos judeus não praticantes.
O autor sagrado reflete sobre o destino dos "justos" e dos "ímpios".

Na 2a leitura, Tiago exorta os crentes a viverem segundo a "Sabedoria de Deus" e denuncia a desunião na sua comunidade, apontando a raiz de tudo isso:
"Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e
toda a espécie de obras más…" (Tg 3,16-4,3)
Uma oração realizada nesse clima não pode ser escutada por Deus...

O Evangelho apresenta um conflito entre os apóstolos: (Mc 9,30-37)

- Ao longo da "Caminhada para Jerusalém",
Jesus vai catequizando os discípulos, ensinando-lhes
que o projeto do Pai não passa por esquemas de poder e de domínio:
Jesus faz o 2 º Anúncio da Paixão.
- Os Apóstolos não concordam e fecham-se num estranho silêncio:
"Tinham medo de interrogá-lo..."
Logo a seguir, surge uma animada discussão, um forte conflito,
que revela a ambição de poder nos discípulos de Jesus…
- Chegando a Cafarnaum, Jesus questiona o assunto da conversa:
"O que vocês estavam discutindo no caminho?"
- E eles: "Ficaram calados, porque no caminho
tinham discutido quem seria o maior".

Jesus aponta o CAMINHO para ser o maior... :

1) Em primeiro lugar, o espírito de SERVIÇO...
"Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos".

* A Comunidade cristã não é o lugar apropriado para alcançar
um posto de honra ou um lugar de prestígio e poder.
É o lugar onde cada um deve celebrar a própria grandeza, servindo os irmãos.
Só é grande quem é capaz de servir e de oferecer a vida aos seus irmãos.
- O que isso significa em nossa comunidade?

2) Em seguida, o Modelo da CRIANÇA:
"Pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a, disse:
Quem acolher em meu nome uma dessas crianças,
é a mim que estará colhendo..."

* Ser maior é ACOLHER OS PEQUENOS.
Criança é sinônimo de pessoa necessitada e dependente...
Jesus a coloca como centro da atenção dos apóstolos.
Jesus quer, com esse gesto, mostrar o que é ser seu discípulo;
o que significa ser o maior dentro da comunidade:
Maior é aquele que acolhe os carentes, os marginalizados,
oprimidos, injustiçados e por eles se interessa.
- Quais são as crianças (ou "como crianças") que devemos abraçar?

+ Os conflitos continuam...
E Cristo nos questiona: "Por que estais discutindo?"

Na Sociedade competitiva, em que vivemos,
desde pequenos nos passam a idéia de que, se não tivermos beleza,
inteligência, riqueza, simpatia, nunca conseguiremos sucesso na vida.
- O que admiramos numa criança, o poder, a riqueza, a sabedoria humana,
ou a simplicidade, a transparência?

Na família?
- Há divisões, conflitos… ciúmes… separações… Por que?
Quando um ganha, os dois perdem!... Não há vencedores...

Na Comunidade?
- Também há discussões, críticas, ambições, rivalidades?
- Por que? Onde está a raiz de tudo?
- Desejo consciente ou inconsciente de ser o MAIOR?
- Busca de cargos, títulos, honrarias ou elogios?

+ Na comunidade cristã, quem são os primeiros?

As palavras de Jesus são claras:
"Quem quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos".
Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem,
com humildade e simplicidade, faz da própria vida um serviço aos irmãos.
Na comunidade cristã não há donos, nem grupos privilegiados,
nem pessoas mais importantes do que as outras,
nem distinções baseadas no dinheiro, na beleza, na cultura, na posição social... Na comunidade cristã há irmãos iguais,
a quem a comunidade confia serviços diversos em vista do bem de todos.
Aquilo que nos deve mover é a vontade de servir e
de partilhar com os irmãos os dons que Deus nos concedeu.

* Qual é o tipo de grandeza que estamos procurando?
* Aos olhos de Deus, ou apenas aos olhos dos homens?

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 20.09.2009
do site: www.buscandonovasaguas.com

sábado, 1 de agosto de 2009

Liturgia do 18º Domingo Comum - 02/08/09

"Eu sou o Pão Vivo"

Nosso coração está sempre insatisfeito
do que é e do que tem... sempre está com fome de algo…
E Deus sempre intervém na vida dos homens,
saciando-nos de toda fome.

Na 1a Leitura, Deus alimenta o Povo no deserto com o MANÁ. (Ex 16,2-4.12-15)

- O povo de Deus está no deserto faminto, a caminho da terra Prometida.
Depois dos primeiros dias de entusiasmo pela liberdade conquistada,
o povo sente a dureza da marcha e a escassez de alimento e de água.
Começa, então, a reclamar de Moisés e Aarão.
No Egito era escravo sim, mas tinha comida em abundância.
E estavam dispostos a trocar a liberdade por um pouco de comida...
- Deus não o abandona, pelo contrário, oferece um alimento inesperado:
o Maná e codornizes para que possam fortalecidos prosseguir a caminhada.
O Maná é sinal de outro alimento, de que nos falará o evangelho...

A 2ª Leitura diz que aquele, que aceita Jesus como o "pão" da vida e adere a ele, deixa de ser homem velho e passa a ser homem novo. (Ef 4,17.20-24)

No Evangelho Jesus se apresenta como o "PÃO DA VIDA",
que desceu do céu para dar vida ao mundo. (Jo 6, 24-35)

Continua o capítulo 6o de João, introduzindo o sermão do pão da vida,
que Jesus pronunciou na sinagoga de Cafarnaum,
onde o povo o encontrou no dia seguinte à multiplicação dos pães…
Entusiasmado com aquele milagre estrondoso, o povo procura Jesus.
Poderia parecer um sucesso... Para Jesus, ao invés, foi um fracasso.
O povo não entendeu o sentido daquele gesto.

- Por que o povo está à sua procura?
Não foi para escutar as suas palavras e aprofundar a sua mensagem,
mas porque comeu pão em abundância e de graça e
esperava continuar tendo o pão garantido sem precisar trabalhar.

1) JESUS: critica essa procura fechada no interesse material e
sugere outra procura: a FÉ.
"Vocês estão me procurando porque comeram e ficaram satisfeitos.
Não busquem o alimento que perece, mas o pão que permanece
até a vida eterna."

Jesus não veio para transformar as pedras em pão,
mas para ensinar que o amor e a partilha produzem pão em abundância.
* Ainda hoje muitos o procuram, esperando alguma graça...
E quando não conseguem...passam para seitas que prometem milagres...
E Nós, quais são os motivos pelos quais procuramos a Cristo ?

2) Povo: "Que devemos fazer para conseguir esse alimento
que permanece até a vida eterna ?" (Apenas "obras boas"?)
Jesus: "Que acrediteis naquele que enviou...": CRER NO ENVIADO.
Crer: só uma adesão intelectual... ou antes uma adesão vivencial?

3) O Povo exige milagres para acreditar. Querem uma fé com garantias.
Não foi suficiente a multiplicação dos pães:
querem um sinal comparável ao de Moisés: Por isso, exigem :
"Que sinal tu fazes para que vejamos e creiamos em ti?"
Jesus: tenta explicar que foi Deus quem deu o Maná,
e que o mesmo Deus envia o novo e verdadeiro pão do céu,
que pode dar a vida verdadeira e sem fim.

4) E o Povo não entende a resposta de Jesus. Está ainda fixo
nos seus interesses materiais imediatos. Por isso, sem entender, pede:
"Senhor, dá-nos sempre desse pão".
Jesus, constrangido, esclarece:
"Eu sou o pão da vida… Quem vem a mim não terá mais fome
e quem crer em mim jamais terá sede".
Cristo, Palavra de Deus, é o único pão do céu que sacia plenamente
nossa fome de felicidade e de paz do homem.

No deserto, o Povo recebeu o Maná, um alimento para prosseguir a caminhada
para a Terra Prometida... mas assim mesmo morreu.
Hoje: Deus alimenta o seu povo com o pão da vida,
com a sua PALAVRA, que é Jesus Cristo de Nazaré...

+ E Nós o que buscamos?
O Povo procurou o pão do milagre, não o seu autor.
Não basta buscar o pão de cada dia.
É necessário buscar o pão que não perece e dura até a vida eterna.
O Pão da vida eterna está presente na bondade, no amor,
na luta pela justiça, na construção de um mundo novo..

O encontro dominical é um momento privilegiado em que Cristo
continua alimentar o seu povo, com sua palavra e seu pão...
Nós aceitamos o convite e estamos aqui nessa celebração à sua procura.
- É uma procura sincera de Deus, animada pela fé,
para um encontro pessoal com Cristo, "Pão da Vida"?
Ou é apenas um encontro social, movido por motivos humanos?

Peçamos que Deus aumente a nossa fé para perceber seus sinais de Deus
e seguir com generosidade seus apelos...
Façamos nosso (no bom sentido) o pedido do povo de ontem:
"Senhor, dá-nos sempre desse pão".

O primeiro domingo de agosto é dedicado à vocação sacerdotal.
Rezemos ao Senhor para que continue enviando sacerdotes
para o serviço da evangelização e da fraternidade.
Que ele continue abençoando e plenificando a vida de todos os sacerdotes,
sobretudo nesse ano sacerdotal.
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

do site: www.buscandonovasaguas.com

sábado, 11 de julho de 2009

Liturgia do 15º Domingo Comum - 12/07/09

A Missão

Na realização de seus planos de salvação,
Deus sempre escolhe e envia pessoas em Missão.
A MISSÃO é o tema central desse domingo.

As Leituras bíblicas ilustram com alguns exemplos:

Na 1a Leitura, temos a Missão de AMÓS: (Am 7, 12-15)

Após a morte de Salomão, o reino por ele deixado dividiu-se em dois:
Israel ao norte e Judá ao Sul.
No Reino do Norte, a prosperidade das classes favorecidas
contrastava com a miséria das classes baixas.
O Rei, para se firmar no poder, manipulou a própria religião:
Proibiu as peregrinações a Jerusalém (no sul), criou o templo de Betel,
pagava os sacerdotes e custeava os cultos solenes do templo,
mas em troca de um apoio político…
Nesse ambiente, Amós, natural do Sul, é enviado a profetizar no Norte,
para denunciar as injustiças cometidas pelo rei e pelas classes dominantes.

- O texto descreve o confronto entre Amasias e Amós:
Amós é expulso por Amasias, sacerdote profissional do templo de Betel:
"Sai daqui, vá para Judá… Come lá o teu pão e profetiza por lá..."
Amós responde que não é profeta de profissão. É de vocação:
"Sou vaqueiro e cultivo figos silvestres.Mas o Senhor me tirou do rebanho
e me ordenou: VAI PROFETIZAR o meu povo, Israel."

* Amós não se compromete com as amarras humanas do poder...
Por isso, não se cala, nem se vende, e defende os pequenos e fracos.

A 2ª Leitura é um Hino que exalta o Plano de Deus:
Deus nos escolheu antes da criação do mundo e
nos predestinou a sermos seus filhos adotivos, em Cristo (Ef 1, 3-14)

No Evangelho, temos a Missão dos Apóstolos: (Mc 6, 7-13)

+ Jesus CHAMA os 12 e os ENVIA dois a dois.

O texto é uma Catequese sobre a Missão dos discípulos no mundo:
- A Origem do chamado está em Deus: o critério da escolha é misterioso...
- "Os doze" representam a totalidade do Povo de Deus.
- "Dois a dois" lembra que a evangelização é feita em nome da Comunidade
e deve estar em sintonia com a fé da COMUNIDADE.

+ Dá algumas recomendações, válidas aos discípulos de todos os tempos:

- Deu-lhes o poder de libertar dos espíritos impuros, dos males:
Tudo aquilo que se opõe à vida e à dignidade humana:
a miséria, a injustiça, a fome...

Exigências:
- dos Apóstolos: Sobriedade e despojamento dos bens e seguranças humanas...
A eficácia da missão depende da ação de Deus.
- dos Destinatários: Hospitalidade e Acolhida...
- aceitar a Palavra de Deus…
- acolher o Enviado de Deus e prover às suas necessidades…
Quem não o acolhe... fecha para si o caminho da salvação.

- Conteúdo: - com o Anúncio: CONVERTER-SE e CRER no evangelho...
- com Sinais de libertação e de cura.

- Alerta: Nem todos irão acolher a sua mensagem...
Encontrarão resistências, desinteresse e recusas...

+ Cristo ainda hoje nos chama e envia: "Vai profetizar… Vai evangelizar…"
Não importa a nossa profissão, nosso estado de vida, nossa cultura:
Vaqueiro como Amós ou Pescador como os apóstolos...
Importa, sim, a acolhida generosa ao chamado do Senhor.

O que é EVANGELIZAR?

Continuar a missão de Jesus, que exige:
Converter-se... Crer no evangelho... Libertar os oprimidos...
Estar desprendido dos bens terrenos... Confiante na Misericórdia...

+ A Igreja nos convida a evangelizar:
Após analisar a realidade brasileira, os Bispos do Brasil concluíram
que a missão prioritária da Igreja nos próximos anos é EVANGELIZAR.
O que é evangelizar?

Segundo as DGAE, Evangelizar é proclamar a boa nova de Jesus Cristo
- no Ministério da Palavra, da Liturgia, da Caridade:
para formar o Povo de Deus,
- Promovendo a PESSOA,
renovando a COMUNIDADE e
construindo a SOCIEDADE justa e solidária.

O que significa para nós, hoje:
"Vai profetizar o meu povo, Vai evangelizar o meu povo "

- Quem é esse povo para o qual somos enviados a evangelizar?
- De que devemos nos despojar para conseguir uma eficácia maior
em nosso trabalho apostólico?
- Quais os demônios que devemos expulsar hoje?

No caminho missionário o Senhor nos convida a levar conosco
o cajado da fé e as sandálias da esperança,
o pão de sua palavra que alimenta e sacia e a túnica que cobre o necessitado.

Deus conta com cada um de nós… à Qual será a nossa resposta?

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 12.07.2009

sábado, 4 de julho de 2009

Liturgia do 14º Domingo Comum - 05/06/09

A Voz de Deus

Na realização dos seus planos, Deus sempre chama pessoas
para serem a sua VOZ no meio do Povo.

As leituras falam de três escolhidos por Deus
para serem instrumentos de sua Palavra:
- Um Profeta desterrado...
- Um carpinteiro, filho de Maria;
- Um que reconhece suas fraquezas...

A 1a Leitura fala da Missão de EZEQUIEL. (Ez 2, 2-5)

O profeta era uma pessoa simples do povo, com seus defeitos e fraquezas.
Foi enviado por Deus para ser a sua voz ao povo rebelde e obstinado de Israel, que estava exilado na Babilônia. A MISSÃO confiada era difícil,
mas Deus faria saber que "no meio do Povo havia uma profeta".

Na 2a Leitura, temos a experiência de PAULO. (2 Cor 12, 7-10)

Paulo reconhece e assume a sua fraqueza. Pede três vezes ao Senhor
que o livre de um "espinho" que o incomoda na carne...
- Deus garante a Paulo e a todos os que têm algum tipo de "espinho":
"Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se realiza plenamente".

No Evangelho, encontramos a experiência de CRISTO. (Mc 6, 1-6)

Jesus ensina na sinagoga de Nazaré.
- O povo se admira da sabedoria, dos milagres… e, perplexo, se pergunta:
"Quem é esse homem? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria?"
- Este Jesus não podia ser o Messias esperado.
Eles esperavam um guerreiro como Davi, sábio como Salomão.
Não um humilde carpinteiro. Eles o conheciam muito bem:
o carpinteiro, filho de Maria, não poderia ser o enviado de Deus…

- Os conterrâneos não conseguiram reconhecer em Jesus o Messias esperado,
e o rejeitam por ser um homem comum do povo.
Até os próprios parentes de Jesus não aderiram à sua mensagem.
Preferiram renunciar a Deus, não à imagem que tinham construído dele.

- JESUS, decepcionado, concluiu: "Um Profeta não é estimado entre os seus".
Mas apesar da incompreensão, continuou fiel aos planos do Pai...

+ Quem é Profeta?
Todo cristão é chamado a ser PROFETA.
O Profeta não é o encarregado de fazer milagres e prever o futuro.
Deus espera dele uma coisa: que transmita a sua palavra.
Deus não tem boca e precisa de alguém para ser a sua "Voz".
Para isso, deve escutar a mensagem de Deus e
deixar que ela penetre até o íntimo do coração…
E depois anunciá-la com entusiasmo e fidelidade.

+ Como desempenhar a missão de Profeta?
Ele deve estar em comunhão com Deus e atento à realidade humana.
Intervém, em nome de Deus, para denunciar, para avisar, para corrigir.
- A denúncia profética implica, muitas vezes, a perseguição, o sofrimento,
a marginalização e, em muitos casos, a própria morte...
- Normalmente, Deus não se manifesta na força, no poder,
nas qualidades que os homens admiram tanto.
Ele vem ao nosso encontro na fraqueza, na simplicidade,
nas pessoas mais humildes e despretensiosas...

As nossas limitações humanas não podem servir de desculpa
para não realizar a missão que Deus nos confia.
Se ele nos pede um serviço, também nos dará a força
para superar os nossos limites e para cumprir o que nos pede.

+ Jesus não fez milagres em Nazaré
porque não acreditaram na sua pessoa...

- Hoje será diferente?
Afirma-se: "Santo de casa não faz milagre".
Mas perguntamos: por que não faz? A culpa é dele ou nossa?
- Notamos que pessoas, ignoradas ou rejeitadas na própria terra,
lá fora fazem grande sucesso? Por que será?
Você escuta a voz dos profetas?

+ A Liturgia de hoje nos apresenta três exemplos bonitos:
Ezequiel, São Paulo e Jesus.
Diante das dificuldades, nenhum desistiu. Lutaram e venceram.

* Nós também podemos nos sentir na mesma situação:
O testemunho, que Deus nos chama a dar, realiza-se,
muitas vezes, no meio de incompreensões e oposições…
Frequentemente nos sentimos desanimados e frustrados
porque não somos entendidos nem acolhidos.
Temos a sensação de que estamos perdendo tempo…
A atitude de Jesus nos convida a nunca desanimar nem desistir:
Deus tem os seus projetos e sabe como transformar um fracasso num êxito.

Qual a nossa atitude?

- Nós continuamos a ser a "Voz" de Deus na comunidade, na família,
mesmo diante das contrariedades e adversidades?

- Valorizamos as pessoas que atuam com dedicação em nossa comunidade,
acolhendo-as como a "Voz" de Deus?

Continuemos a Celebração, fazendo nossa profissão de fé,
não apenas em Deus, mas também nas pessoas com quem convivemos…

E veremos que os santos de casa também farão milagres…

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 05.07.2009

do site: www.buscandonovasaguas.com

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Liturgia de Domingo - 28 de junho de 2009

Comum0913: Pedro e Paulo

Celebrando hoje a festa de São Pedro e São Paulo,
exaltamos seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e
seu ardoroso testemunho no projeto libertador de Deus.

Na pessoa de Pedro, destaca-se o Pastor das Comunidades,
aquele que é referência da fé para os irmãos.
Na pessoa de Paulo, aparece mais o líder Missionário,
que forma comunidades e faz expandir a fé em todas as nações.
Pedro recorda mais a instituição... Paulo, o carisma...

As Leituras bíblicas nos falam dos dois Apóstolos:

Na 1ª Leitura, vemos SÃO PEDRO: (At 12,1-11)

Preso pelas autoridades... "para agradar os judeus"...
Guardado como "perigoso" por 16 homens... e libertado por Deus...
- O texto mostra que o testemunho dos discípulos gera oposição e morte.
Mas a oposição não pode calar esse testemunho.
- Mostra uma Comunidade cristã unida e solidária, na Oração.
E Deus escuta a oração da Comunidade...
- Mostra a presença efetiva de Deus na caminhada da Igreja e
o cuidado de Deus para os que lhe dão testemunho.
O nosso Deus não nos abandona...

Na 2ª Leitura vemos SÃO PAULO: (2Tm 4, 6-8.17-18)

Também está preso, pela última vez: Está ciente da própria condenação.
Faz um balanço final de sua vida a serviço do Evangelho:
- "Estou pronto... chegou a minha hora... combati o bom combate ...
terminei a corrida... conservei a fé...
- E agora aguardo o prêmio dos justos...
- O Senhor esteve comigo... a ele GLÓRIA..."
A própria Morte ele a vê como a Libertação definitiva...

* Suas palavras são um "testamento espiritual" sereno e alegre,
consciente do dever cumprido..
Modelo de Missionário ardoroso e entusiasta...

No Evangelho, Pedro faz a Profissão de Fé e recebe o Primado. (Mt 16, 13-19)

O texto tem duas Partes:
- A primeira de caráter cristológico:
centra-se em CRISTO e na definição de sua identidade:
"Tu é o Cristo, o Filho de Deus Vivo".
- Na segunda de caráter eclesiológico:
centra-se na IGREJA que Jesus convoca à volta de Pedro:
"Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja".
A base ("Rocha") firme sobre a qual vai se assentar a Igreja de Jesus
é a fé que Pedro e a Comunidade dos discípulos professaram:
a fé em Jesus como o "Messias, Filho de Deus vivo".

Dessa adesão, nasce a Igreja, a Comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro.
A Pedro e à Comunidade dos discípulos é confiado o poder das chaves,
isto é, a autoridade para interpretar as palavras de Jesus,
às novas necessidades e situações e para acolher ou não
novos membros na dos discípulos do Reino.
Pedro torna-se assim uma figura de referência para os primeiros cristãos e desempenha uma papel de primeiro plano na animação da igreja nascente.

+ PEDRO E PAULO são figuras gigantescas da Igreja primitiva,
que tinha a missão de continuar a OBRA salvadora de Cristo...

Na Igreja, Pedro recebe poderes para desempenhar a sua missão:
Por isso, nem o poder do inferno terá vez contra ela...

E essa promessa de Cristo não é apenas à pessoa de Pedro.
Se a Igreja deve permanecer, mesmo depois da morte de Pedro,
devemos admitir que os poderes concedidos a Pedro,
passem também aos seus legítimos sucessores, que são os PAPAS...

Por isso, nesse dia celebramos também o DIA DO PAPA,
que ainda hoje continua sendo sinal de unidade e de comunhão na fé.

O Papa é o chefe visível da Igreja na terra.
Sua missão é espinhosa, sobretudo hoje, com mudanças rápidas e violentas...
com contestações dentro e fora da Igreja...
Como é difícil saber discernir, no meio de tantas turbulências!...

Ele merece o nosso amor...
mas que não seja um amor só de palavras, mas um amor concreto...
Rezando por ele... escutando a sua voz... e praticando seus ensinamentos...

Relembrando as figuras de São Pedro e São Paulo, perguntemo-nos:
- Damos testemunho de Cristo, como eles, no ambiente em que vivemos?
- Acreditamos que somos responsáveis pela continuação do Projeto de Deus?

Relembrando a figura do Papa,
continuemos a nossa oração, pedindo a Deus que lhe dê:
- MUITA LUZ... para apontar sempre o melhor caminho para a Igreja... e
- MUITA FORÇA... para enfrentar com otimismo e alegria
as contestações do mundo moderno...

Encerramos hoje o ANO PAULINO.
Graças ao entusiasmo desse Apóstolo, a Igreja avançou no espaço e no tempo.
Sejamos continuadores dessa maravilhosa obra inaugurada por Cristo.

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 28.06.2009
do site: www.buscandonovasaguas.com

sábado, 20 de junho de 2009

Liturgia do 12º Domingo Comum

A Tempestade

Olhando o mundo em que vivemos, muitas vezes
temos a sensação de estar num mar agitado e perturbado.
Onde está Deus nos momentos de sofrimento e dificuldade?

As Leituras bíblicas de hoje nos dizem
que o homem não está sozinho, abandonado à própria sorte;
Deus está sempre presente e atento na "barca" de nossa vida,
mesmo quando parece estar "dormindo".
Basta acreditar nessa presença constante e atuante.

Na 1a Leitura, temos a experiência de Jó. (Jó 38, 1.8-11)

- Jó foi um homem bom e justo, que de repente foi atingido pela desgraça,
que lhe rouba a riqueza, a família e a própria saúde.
Jó questiona o sofrimento do justo inocente e o papel de Deus nele.
- O texto é uma Resposta de Deus ao desespero de Jó:
Destaca a soberania de Deus sobre as forças que geram o mal,
simbolizados pelo mar.

* Jó entendeu que Deus está presente na história humana e nos conduz,
apesar das armadilhas da história, ao encontro da nossa realização.
Resta entregar-se em suas mãos com humildade e confiar nele.
Essa leitura nos prepara para entender o evangelho de hoje,
em que Jesus "domina até as ondas do mar e elas lhe obedecem..."

Na 2ª Leitura São Paulo afirma que o nosso Deus não é um Deus indiferente, que deixa os homens abandonados à sua sorte.
Seu amor sustenta a vida e a missão dos cristãos... (2 Cor 5,14-17)

No Evangelho, temos a experiência dos Apóstolos:
Jesus está na barca dos discípulos e acalma a TEMPESTADE. (Mc 4, 35-41)

- É noite… Jesus está cansado… dorme… Surge a tempestade…
- Os Apóstolos apavorados… o acordam…
- Jesus está presente no barco dos discípulos, acalma a tempestade
e os questiona: "Por que estais com medo, homens de pouca fé?"
- E eles: "Quem é esse homem a quem até o vento e o mar obedecem?"

* Detalhes a aprofundar:
- "Mar" e "noite" significam uma realidade de medo, sem perspectivas...
- O "barco" é o símbolo da comunidade de Jesus que navega pela história...
- Jesus está no "barco", mas é conduzido pelos discípulos...
- Para a "outra margem", ao encontro dos pagãos...
- Jesus "dorme": é a sua aparente ausência ao longo da "viagem".
- A "tempestade" significa as dificuldades que o mundo opõe à missão...
- Jesus aparece como o Deus que é capaz de dominar o mar e as forças hostis.
- "Quem é esse homem?"
Os discípulos reconhecem que Jesus é o Deus presente no meio dos homens,
e a quem são convidados a aderir, confiar e obedecer com total entrega.

+ O texto não é uma crônica de viagem de Jesus com os discípulos no lago.
É uma Catequese sobre a caminhada dos discípulos em missão no mundo,
escrita numa época em que a Igreja enfrentava sérias "tempestades"...
Para enfrentá-las, os discípulos não devem temer, porque não estão sozinhos...
A Palavra de Jesus acalma a tempestade, fortalece a fé dos discípulos e
assegura a vitória sobre todas as forças hostis.

+ Nós também às vezes no mar agitado da vida
nos sentimos sós e incapazes de reagir.

- Na Barca de nossa vida: desanimados… preocupados…
"Deus se esqueceu de mim!" Esquecemos que Cristo está conosco…
- Na Barca de nossa família: com ondas agitadas de problemas familiares:
O Cristo está presente nela? Ele tem um lugar nela?
- Na Barca da Igreja: preocupados com as seitas... os escândalos...
Cristo nos garante: "Estarei convosco até o fim dos tempos…"
"As portas do inferno não terão vez contra ela"
- No Barco dos migrantes e refugiados, que partem esperançosos e
percebem que "o Mundo não é a Pátria de todos".
E são recebidos com indiferença, ou até com violência,
porque NÃO EXISTE JUSTIÇA PARA TODOS.

Nessas horas, nossa fé fica transtornada e murmuramos como Jó….
Ou trememos como os discípulos no lago...
"Onde está Deus?" Parece que está dormindo... Deve ser acordado...

O silêncio de Deus nos desconcerta e nos incute medo... Deus deixa
as coisas aconteceram e no momento oportuno manifesta o seu poder.

+ Jesus censura a falta de fé dos apóstolos:
"Por que duvidastes, homens de pouca fé?"
Eles só se lembram dele quando se encontram numa situação desesperadora.
* Quantos cristãos que só pensam em Deus, na hora de "tempestade"...

+ No final da narrativa, os discípulos se perguntam:
"Quem é este homem, a quem até o vento e mar obedecem?"

Na Bíblia, aparece que só Deus tem o poder de dominar as ondas do mar.
Essa narrativa de Marcos, que no evangelho deseja mostrar "quem é Jesus", revela que em Jesus reside a mesma força de Deus. É uma Resposta à pergunta: "Quem é Jesus" e uma Profissão de fé de Marcos na divindade de Cristo.
Ele se manifesta com poder divino. Podemos confiar Nele!...
- Renovemos também nossa fé em Jesus e dele receberemos novo vigor
para enfrentar as tempestades da vida.

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 21.06.2009

Do site: www.buscandonovasaguas.com

domingo, 14 de junho de 2009

O Ano Litúrgico

O Ano Litúrgico é composto por dois grandes ciclos, Natal e Páscoa, e, dependendo do ano, por um longo período de 33 ou 34 semanas, chamado de Tempo Comum.

Ciclo do Natal

O Ano Litúrgico da Igreja não concide com o ano civil. Ele tem início com o Advento, período de alegre espera, de esperança, de preparação para a chegada de Cristo que vem no Natal e de seu eminente retorno. Após as quatros semanas do Advento, celebramos o mistério da encarnação e do nascimento humano do Verbo divino no Natal. O Verbo se faz carne e vem habitar entre nós.
Na semana seguinte ao Natal celebramos a Epifania, onde Jesus se manifesta às nações como o Filho de Deus.
O ciclo do Natal se encerra com a celebração do Batismo do Senhor, que marca o início da missão de Jesus que culminará com a Páscoa.

A cor litúrgica no primeiro, segundo e quarto domingo do Advento é o roxo, ou o lilás. No terceiro domingo a cor é rosa, para simbolizar a alegria. Nos demais domingos quando se celebra o tempo do Natal a cor usada na liturgia é o branco.


Primeira Parte do Tempo Comum

Após celebrarmos o Batismo do Senhor iniciamos o chamado Tempo Comum que se extende até a terça-feira anterior à Quarta-Feira de Cinzas. É um tempo destinado ao acolhimento da Boa Nova do Reino de Deus anunciado por Jesus. A cor litúrgica usada no Tempo comum é o verde.


Cíclo da Páscoa

O ciclo da Páscoa começa com a celebração da Quarta-Feira de Cinzas. Iniciamos assim a Quaresma. São quarenta dia nos quais a Igreja nos convida de uma forma especial à prática da caridade, penitência, oração, jejum e, principalmente, conversão. Durante a Quaresma não se canta "aleluias" e evita-se ornamentar as igrejas com flores. Ao final da Quaresma, inicia-se a Semana Santa, que vai desde o Domingo de Ramos, onde celebramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, anunciando a proximidade da Páscoa até o Domingo de Páscoa.

De quinta a sábado celebramos o Tríduo Pascal.

A Quinta-Feira Santa é o dia em que recordamos a instuição da Eucaristia.

A Sexta-Feira Santa é o único dia do ano em que não se celebra a Eucaristia, mas sim a Paixão e Morte de Jesus.

No Sábado Santo é o dia da Vigília Pascal, na qual celebramos a Ressurreição do Senhor. Cinquenta dias após a Páscoa, celebramos o Pentecostes, que assinala o nascimento da Igreja iluminada pela presença vivificadora do Espírito Santo.
A cor litúrgica da Quaresma é roxa. E a do periodo da Páscoa é branca e no Pentecostes é usada a vermelha.

A Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano durante o período da Quaresma um período de vivência concreta de gestos de fraternidade em torno de um tema comum. É a chamada Campanha da Fraternidade. Assim a quaresma se reveste de um significado atual dentro de um convite à reflexão e a prática do amor fraterno.


Segunda Parte do Tempo Comum

Na segunda-feira após o Domingo de Pentecostes a liturgia da Igreja prossegue o tempo comum que se extende até o sábado anterior ao Primeiro Domingo do Advento (v. Ciclo de Natal).
Como no primeiro período do tempo comum, volta-se a usar o verde nas celebrações litúrgicas.


As leituras das Celebrações

A cada ano, a Igreja propõe diferentes leituras seguindo os evangelhos sinóticos: assim temos o Ano A, centrado em Mateus;

O Ano B, centrado em Marcos;

e o Ano C, centrado em Lucas, com inserções de João (que também está presente nos outros anos litúrgicos em ocasiões especiais).

Este ano(2009), por exemplo, é o Ano Litúrgico B. Assim sendo, o Evangelho de Marcos será proclamado na maioria de nossas celebrações litúrgicas.
Na celebração dominical são proclamadas três leituras: uma do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento. O Salmo responsorial é a nossa resposta meditativa à primeira leitura. Ele pode ser cantado, recitado, ou apenas o refrão ser cantado e os versos recitados.
do site dos jesuítas

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Corpus Christi - 2009

O Sangue da Nova Aliança

Celebraremos nesta quinta(11/06) a festa de Corpus Christi,
a festa do Corpo e Sangue de Cristo,
a festa popular da Eucaristia.
Esta celebração nos faz compreender melhor
a Nova Aliança e o significado do Sacrifício de Cristo.

As três leituras apresentam a EUCARISTIA
como o Sacramento da Nova Aliança.
A antiga Aliança com Deus dá lugar à Nova Aliança em Cristo,
da qual participamos na Eucaristia.

A 1ª Leitura descreve o rito da ANTIGA ALIANÇA:
É uma premissa para entender o sentido da Eucaristia. (Ex 24,3-8)

Os antigos selavam um contrato de aliança com o sangue das vítimas oferecidas.
Moisés lembra as palavras e a Lei de Deus e
o povo se comprometeu a pô-las em prática.
Então Moisés asperge o povo com o sangue das vítimas o altar e o Povo.
O sangue, que é vida indica que a aliança é vital;
derramando sobre o Altar e o povo, indica que entre o povo e Deus há comunhão:
na fidelidade à aliança, o povo vive da vida de Deus.

Os dez mandamentos são um dos primeiros documentos
que reúnem os principais direitos do homem: direito à vida, à família,
à dignidade, à informação e expressão, à propriedade.

Essa Aliança foi rompida e restaurada inúmeras vezes.
Por isso, Deus promete, pela boca dos profetas,
uma NOVA ALIANÇA, que será cumprida com fidelidade.

A 2ª Leitura nos fala da NOVA ALIANÇA. (Hb 9,11-15)


O Sangue derramado de Cristo sela uma Aliança nova e definitiva
entre Deus e a humanidade.
Esta não precisará mais o sangue dos animais sacrificados.
Será um sacrifício definitivo, que não se repetirá,
só se atualizará continuamente na Eucaristia.

O Evangelho apresenta as características essenciais do Sacrifício de Cristo.

Cristo, oferecendo-se para a imolação, opera a libertação integral e definitiva.
Doa a sua vida como sacrifício da Nova Aliança e
ratifica essa Aliança definitiva entre Deus e os homens
através do seu sangue. (Mc 14,12-16.22-26)

A Aliança do Amor

Esta nova Aliança, selada com o sangue de Cristo,
supõe uma novidade radical nas relações entre os homens e Deus,
porque nova é a relação de Deus com os homens por Jesus Cristo.
Esta relação é a religião do amor.

Agora sim podemos compreender que Deus é amor.
Agora podemos estar seguros de uma coisa:
que Deus é antes de tudo "aquele que nos ama sem medida".
Agora devemos compreender que o cristianismo, que vem de Cristo,
é a religião do amor, da caridade, da solidariedade.

+ A Eucaristia é a mais bela invenção do amor

Pelo seu amor para conosco, Jesus reuniu na Eucaristia um sinal
provocado por sua ausência e o realismo de sua divina e humana presença.
Ele quis que o mesmo gesto de amor
fosse oferecido a todos os homens de todos os tempos.
Jesus desapareceu, ausentando-se na Ascensão.
Desde então, Senhor do espaço e do tempo,
pode abraçar com um só olhar todo o universo e sua história.
Esta distância esconde uma presença sempre real,
embora mais discreta para poder ser mais universal.

No sinal do Pão partido sobre a mesa da Igreja,
está a realidade da pessoa de Cristo, crucificado e ressuscitado,
verdadeiramente presente para nós.
Seu poder e amor infinito não ficam reduzidos a um puro símbolo
que lembra somente sua passagem por este mundo.
Ele quis permanecer conosco, realmente presente,
no pão partido e no cálice consagrado da nova aliança.

A Eucaristia é um véu sutil, que encobre a presença de Cristo
através do banquete divino.
No altar de todas as igrejas, no sacrário do templo mais simples,
no ostensório mais artístico que sai hoje em procissão pelas ruas das cidades,
Jesus, o Salvador, o Senhor, está verdadeiramente presente.
A Eucaristia é a mais bela invenção do amor de Cristo.

A Celebração da Eucaristia relembra aos peregrinos nesta terra,
a festa eterna, que é preparada para o fim dos tempos,
quando o Reino de Deus se manifestará em toda a sua plenitude.

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa
Do site: www.buscandonovasaguas.com